Acordeon. Acordeão. Acordeón. Gaita. Sanfona. Concertina. São muitos os possíveis nomes dados a este instrumento, dependendo da região do Brasil onde você vive. E uma coisa é certa: ele está presente em muitas culturas, tradições e gêneros musicais nos quatro cantos do nosso país.
Seja no Nordeste com o Forró, no Sudeste e Centro-Oeste com o Sertanejo, no Sul com a Música Tradicionalista Gaúcha ou nas regiões de fronteira com a Argentina com a influência do Tango, a paixão pelo acordeon ultrapassa gerações em seus mais variados formatos e números de botões e de baixos. Mas, afinal, você conhece a história deste maravilhoso instrumento musical e sua forte ligação com o Rio Grande do Sul?
- Origem há milhares de anos na China
Milhares de anos antes de Cristo (algumas fontes variam entre 1.200 a 3.000), um instrumento que mais se parece com uma chaleira com bambu foi inventado. Chamado de Cheng ou Sheng, era uma espécie de órgão portátil formado por um recipiente com canudo para sopro e tubos de bambu com linguetas ou palhetas, que produzem o som.
E está no fato de ser um instrumento a base do sopro e com espécies de botões que fazem o Cheng ser considerado o precursor do acordeon e também do harmônio. Atualmente, o som do acordeon é produzido pelo ar dentro do fole e a vibração das palhetas de aço localizadas dentro do instrumento.
A gaita de fato foi inventada milhares de anos depois, na década de 1820. Inicialmente foi idealizado pelo fabricante de instrumentos alemão Christoph Ludwig Buschmann, que criou algo parecido com o harmônio, e desenvolvido pelo austríaco Cyrillus Demian, já com o teclado e o fole movido pela mão, que permitiam a criação de acordes.
- Imigração para o Sul do Brasil
Por ter surgido em países de cultura germânica, e que à época eram fontes de imigrantes para o Brasil, o acordeon acabou por ser trazido inicialmente ao Rio Grande do Sul por volta de 1845, mais precisamente em São Leopoldo, sendo chamado, à época, de concertina.
O uso do instrumento também foi bastante difundido pelos imigrantes italianos alguns anos depois, logo tomando conta da cultura regional e se tornando protagonista nos gêneros musicais tradicionalistas como vanerão, chamamé e milonga.
Anos mais tarde, com a construção de ferrovias por todo o país, o instrumento foi levado para o Sudeste e Centro-Oeste, participando ativamente no gênero Sertanejo, e para o Nordeste, ajudando a dar início a um novo ritmo: o Forró.
Por conta das raízes com o Rio Grande do Sul, o acordeon foi instituído em 2010 como o instrumento símbolo do estado. Isto ocorre porque, por muitos anos, o Sul do Brasil, em especial o RS, foi celeiro para centenas de fábricas de acordeon reconhecidos mundialmente pela sua qualidade. Entre as principais marcas, destacam-se a Todeschini e a Hering. Atualmente, uma marca expoente em qualidade e custo-benefício na fabricação de acordeon é a Benson.
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